Filme - Os homens são de Marte e é pra lá que eu vou


Tem alguns filmes que a gente assiste sem criar nenhum tipo de expectativa, porque não tinha nada melhor pra fazer, ou aquele passeio do final de semana miou. Seja lá qual foi o motivo você senta na frente da TV e se entrega ao ócio. Foi num momento desses que eu resolvi assistir ao filme Os homens são de Marte e é pra lá que eu vou, um nome bem comprido por sinal coisa que eu detesto em livros, filmes e músicas dá trabalho para decorar, imagina você numa mesa de bar gritando toca “Os homens são de Marte e é pra lá que eu vou”. Claro que o fato de os canais Telecines estarem liberados na minha TV também me incentivaram bastante.
Enfim como o inicio de noite de domingo geralmente é um momento de tristeza, ele indica o fim do final de semana, nesses momento eu fico mal-humorada e sem graça, nem um pouco festiva. Então nada melhor do que assistir um filme despretensioso e engraçado, apesar de “Os homens são de Marte e é pra lá que eu vou” não ser o tipo de comedia pastelão que o Adam Sandler faria, devo confessar que me diverti, e fui surpreendida.
Não gosto muito de assistir filmes nacionais pela quantidade exagerada de palavrões, mesmo que um amigo tenha tentado me convencer que até em filmes americanos existem palavrões, e também não sou hipócrita ao ponto de negar que isso é verdade, mas nos filmes nacionais a porcentagem de palavras por palavra dita é absurda, e algumas vezes bem desnecessária.

 
Vamos ao filme em questão, a película conta a história de uma mulher que está perto de completar 40 anos e ainda é solteira, apesar de bem resolvida e uma profissional bem sucedida, ela sonha em encontrar o amor de sua vida, assim a narrativa do filme se desenrola em toda nas tentativas de Fernanda de encontrar o amor e ter o seu Happy End.
Essa é a parte engraçada do filme as diversas tentativas. Nossa personagem chega ao desespero de acreditar que se um homem sorriu é porque está interessado, que qualquer ficante pode ser o seu príncipe encantado Forever.
São muitas as situações engraçadas do filme, mas vou destacar duas. Durante uma viagem para a Bahia ela encontra um alemão gato que se apaixona por ela, só que o cara faz o estilo “desapego total” e vive no meio do mato com o mínimo do necessário para se viver, mesmo que ele seja lindo e apaixonado, não tem amor que resista a falta de um banheiro com privada e chuveiro. Só de pensar nisso começo a tremer, obrigado Jesus porque existe a descarga.
Em outra situação do filme ela encontra o cara perfeito, mas fica meio desconfiada com tamanha perfeição, tinha que ter algo de errado. Então o cara interpretado pelo ator Humberto Martins um dia a convida para participarem de sexo a três, enfim ela descobriu o que havia de errado com aquela criatura.

E são muitas as decepções que ela sofre durante o filme, mas sem nunca desistir de encontrar o amor e ser feliz. A atriz Daniele Valente também participa desse filme e eu curti a personagem dela, deu até saudades de Confissões de Adolescente. Agora o personagem do ator Paulo Gustavo eu achei meio forçado, sei lá, aquela peruca ficou muito falsa e acho que ele errou um pouco a mão.
Cheguei até aqui pra falar sobre o porque gostei tanto desse filme, porque eu tenho uma amiga que é igualzinha a personagem de Mônica Martelli uma mulher que está sempre em busca do amor, e que passa e já passou muitas coisas no processo, e mesmo assim não desistiu ainda. Você assiste ao filme e pensa “nossa Fulana faria desse jeito, é a cara dela”. Que se torna impossível não comparar as duas, o que deixa tudo mais divertido e colorido.
Outra coisa que esse filme me fez lembrar foi do trabalho de filosofia que fiz neste semestre, o tema era “o papel da mulher em nossa sociedade”, onde tínhamos que falar sobre a evolução da mulher durante os séculos, e quais os desafios que foram/são enfrentados por elas até hoje. Bem apesar desse filme não ter a pretensão de levantar esse tipo de questionamento, acredito que tenha sido meio natural eu pensar nisso, após toda a pesquisa que eu fiz para o trabalho.
Mesmo que Fernanda fosse a típica mulher moderna, ela ainda compartilha do estereótipo feminino que foi e é defendido até hoje. Aquele que diz que a mulher tem que casar e ter filhos, que ser uma mulher bem sucedida não é o suficiente, afinal as mulheres nasceram para serem donas de casa e mães. Se o filme tivesse tocado nesse assunto seria um sonho, mas parando para não criar discussões. Chega!
Ainda que o final do filme tenha sido o “esperado”, e que no decorrer da narrativa você conseguisse antecipar o que iria acontecer, eu gostei muito do filme e ainda indico. Afinal a esperança é a última que morre sempre, nem da caixa de Pandora ela fugiu.

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ABOUT THE AUTHOR

Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.

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