Se Eu Ficar – O Livro


Olha eu aqui novamente falando sobre o romance de Gayle Forman Se eu Ficar, só que agora vou falar sobre o livro que me deixou com aquela mesma sensação de quando eu assisti o filme. É isso? O livro acaba assim mesmo? Tá falando sério?
Mas, afinal o por que eu decidi ler esse livro se eu já havia assistido o filme? Porque eu estava passeando pela biblioteca Villa Lobos, que é linda e merece um visita, quando dei de cara com ele numa prateleira, vou levar e ler depois desse que eu eu já peguei, assim cá estou eu falando sobre ele de novo.
Bem se tem uma coisa que eu gostei nesse livro foi a sua narrativa simples, li ele em apenas três dias durante o trajeto que faço de casa para o trabalho e do trabalho pra casa, portanto foi fácil passar os olhos pelas linhas das páginas tamanha a dinâmica do livro. Ainda que a narrativa seja uma mistura de flashbacks onde a personagem Mia vai do passado para o futuro num piscar de olhos, algo que eu achei bem condizente com a situação e o tipo de história, em algumas passagens do livro me lembrei do fluxo de consciência, o que me fez pensar que talvez esse livro se encaixe nessa categoria, mas estou com preguiça de verificar isso, (#ignorando). Em suma, isso não atrapalhou em nada a minha leitura.
Se eu ficar é um romance adolescente em que a personagem Mia sai pra um passeio com toda a sua família num após uma nevasca, onde eles sofrem um acidente de carro e Mia se torna a única sobrevivente da terrível tragédia. Sendo esse o ponto de partida para a nossa personagem questionar a sua toda a sua curta existência e decidir se deve eu não continuar vivendo. Lutar pela sua vida. Pelo seu amor. Enfim, será que ela é forte o suficiente para continuar vivendo e convivendo com o que aconteceu?



Os história do livro se passa durante um dia, assim a autora ao invés de dividir o livro em capítulos ela os dividiu em horas, de tal forma que a cada hora que Mia continuava no hospital refletindo sobre a sua vida ela ia nos contando quais eram os motivos pelo qual deveria ficar, e porque talvez ela devesse partir e deixar o que ficou pra trás.
Devo confessar que esse livro me impressionou pela discussão que vem embutida nele, ou pelo que ele me fez pensar sobre, o que eu faria se estivesse na situação de Mia? Melhor nem ficar pensando nisso, sai daqui corvo.
Gosto de pensar que o ponto central dessa história seja a música, pois foi através da música que Adam se apaixonou por Mia, a música também foi fundamental na vida dos pais dela, na relações de Mia com os seus pais e com o mundo. Portanto, a musica é quase um personagem da história. Fiquei até com inveja do amor de Mia pela música, pois Gayle contou isso de uma maneira tão linda que você fica com vontade de tocar um instrumento, mas sei que isso não vai rolar devido a minha total falta de graça e desenvoltura, aliás a minha inteligência menos desenvolvida é a motora segunda a teoria das inteligências múltiplas de Gardner, como também devido a minha total falta de habilidade em manter o interesse/foco. Neste exato momento eu estou pensando em voltar para a praia...
Então vou falar da coisa mais legal desse livro, pois ele tem uma das cenas de sexo mais legal que eu já li nos últimos tempos, superou de longe 50 tons de cinza, sim pessoas eu li um trecho e foi o suficiente, Forman foi genial ao usar mais uma vez a música para criar essa cena tão delicada e envolvente, fiquei de queixo caído quando eu percebi o que estava lendo, quando eu crescer eu vou escrever desse jeito, com essa sensibilidade. Simplesmente arrasou! Ela teve o cuidado de criar algo único para o publico adolescente eu deixaria a minha filha ler esse livro fácil, se eu tivesse uma, vou indicar sim para quem eu conheço, esse negocio de Machado de Assis é bobagem, adolescente quer ler historias sobre adolescentes e não sobre gente velha.


  
Os personagens do livro são construídos de tal maneira tão criativa que você sente como se conhecesse essas pessoas. Pode ser o seu vizinho de porta, a mãe da sua melhor amiga que acha que tem a mesma idade da filha, o seu chefe com síndrome de Peter Pan. Foi um desfile de gente com a qual eu convivo no meu dia a dia e sei que muitas outras pessoas sentiram a mesma coisa. Gosto de livros assim de sentir que eu faço parte da história, que isso é possível de acontecer com a minha colega de sala, menos a parte da tragédia porque ninguém merece ter que passar por isso, apesar de eu conhecer uma meia dúzia de pessoa que eu gostaria que tivessem o mesmo fim, afinal tem gente que não deveria nem ter nascido.
Se eu ficar é um livro bom com uma história comovente.
Essa resenha foi ilustrada com algumas da minhas passagens favoritas do livro.

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ABOUT THE AUTHOR

Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.

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