Se tem uma
coisa que eu adoro é chocolate, e o Johnny Depp também. Por isso
nada poderia ser mais perfeito que um filme sobre chocolate estrelado
pelo Johnny. Ui!
O filme
Chocolate é de 2000, e já fazia muito tempo que eu não assisti
ele, a única coisa que me lembra dele era o Depp, nossa estou
ficando repetitiva. E do chocolate of course! Então quando assisti
esse filme no final de semana percebi coisa que não havia visto na
primeira vez que eu o vi. A história é mágica e tem uma narrativa
que remete aos storytellers, é um filme simples sem efeitos
especiais mais cheio de história, algo que eu ando apreciando mais
em qualquer tipo de narrativa.
Ninguém
podia imaginar o impacto que Vianne causaria assim que ela chegou
numa tranquila vila francesa. Pois com sua chocolateria incomum, ela
cria doce de dar água na boca que magicamente inspiram os moradores
a entregar-se as tentações e a felicidade. Mas quando um cigano
irlandês muito bonito também chega a cidade, finalmente Vianne é
capaz de reconhecer seus próprios desejos.
Logo de
cara gostei de ter um narrador no filme, e já chegando no finalzinho
percebi que a narradora era a filha da Vianne, a personagem de
Julliette Binoche, Annouk uma garotinha que adorava ouvir a história
sobre sua avó, mas já estava cansada de ficar viajando e trocando
de cidade, afinal elas nunca se fixavam e a menina não tinha amigos.
Alias o seu melhor amigo era um canguru imaginário, com quem ela
conversava.
Segundo a
tradição familiar das Rocher elas deveriam viajar sempre que o
vento norte chamava, sendo que o vento também sinalizava a direção
que elas deveriam seguir, assim Vianne e sua filha iam de cidade em
cidade para transformar a vida das pessoas, esse era o desejo do
vento e de sua mãe que pertenceu a uma tribo nômade.
Então
quando Vianne abre as portas de sua chocolateria na cidade a
população não estava preparada para o que viria a seguir, todos
ficam muito curiosos com sobre as novas moradoras, mas com medo de
enfrentarem o prefeito da cidade.
Ocorre que
Vianne começou a conquistar a confiança das pessoas a ajudar em sua
busca pela felicidade, ela ajuda um mulher a tomar coragem de largar
o marido violento, o que causou a fúria do Conde Reynaud, que fez
uma verdadeira campanha contra Vianne e sua chocolateria.
Temos
também a historia do mulher que mantinha o luto a décadas, e que
era apaixonada por um senhor da cidade, mas por causa das tradições
da vila não podia demonstrar o seu amor.
A senhora
Armande que não via o próprio neto a anos, porque a filha queria
enviá-la para uma instituição que cuida de idosos, que foi ajudada
por Vianne e pode encontrar-se com o neto todas a tardes sem que a
filha soubesse.
As coisas
já estavam fora de lugar na vila quando o cigano Roux, o ator Johnny Depp, e seus amigos
chegaram a cidade, despertando o interesse de Vianne e o ódio do
Conde Reynaud.
Esse filme
fala sobre as diversas formas de discriminação, principalmente
contra mulheres, pois quando Vianne e sua filha Annouk chegaram na
vila não foram muito bem recebidas pelo prefeito da cidade, o Conde
Reynaud era um homem autoritário, que não havia-se conformado com o
fato de sua mulher o ter abandonado, acho que esse era um dos motivos
pelo qual ele implicava tanto com Vianne.
Como o que
fazer com as pessoas mais velhas, visto que a filha achava que a mãe
era uma invalida e precisava de cuidados médicos, e o melhor seria
enviá-la para uma casa de repouso. Ou o fato de que mesmo que o
casamento seja uma porcaria, e que o marido bata na esposa, ela não
pode deixá-lo, pois o casamento é uma intuição sagrada.
Esse era o
destino de Vianne, ajudar outras pessoas e encontrarem o seu destino,
pra assim serem felizes. Porque a felicidade é algo que está mais
próximo do que imaginamos, e muitas vezes os nossos medos e
preconceitos nos impedem de encontrá-la. Ocorre que as regras que
deveriam servir para nos auxiliar, acabam nos impedindo de encontrar
a verdadeira felicidade. Sim algumas regras podem e devem ser
quebradas, porque a vida não é um manual, que se for seguido
corretamente nos leva a realização plena.
Enfim
Chocolate é um filme muito lindo e inspirador, é engraçado como
coisas que nunca havia pensado antes, podem vir átona como se fosse
um um vento que vem do norte.
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Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.
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