Quando o filme é melhor
do que o livro. Ok! Sei que estou me referindo ao O mágico de Oz, um dos
clássicos da literatura norte americana. Mas após ler o livro cheguei à
conclusão de que o filme é melhor do que eu pensava. Afinal eles conseguiram
fazer a história ficar mais interessante, quando o transformaram num musical,
sim Hollywood sabia fazer belos musicais, hoje não mais.
E o que poderia ter
sido um desastre, na verdade foi o que deixou o filme mais cativante, ter
colocado a Judy Garland no lugar da Shirley Temple, apesar de não ter sido uma
escolha e sim uma solução, foi o melhor que poderia ter acontecido.
Agora vamos seguir pela
estrada de tijolos amarelos, e descobrir as coisas maravilhosas que o mágico
escondeu nesse filme lindo e encantador, porque afinal Oz é o mestre do
ilusionismo e, Hollywood em transformar sonhos em filmes.
Já de inicio o filme
acerta em cheio, ao usar o efeito monocromático nas primeiras cenas sobre o
Kansas, com os tons de sépia. É possível sentir o clima árido da cidade do
jeitinho como ele foi descrito no livro, onde o autor descreve que as casas
perderam suas cores e tornaram-se cinzas também.
E no meio de um cenário
tão desértico, quente e desolador, Judy Garland surge cantando a música
Somewhere Over the Rainbow, quando imagina um mundo perfeito onde não existem
problemas, uma canção ícone do cinema.
Após o ciclone Dorothy
abra a porta da casinha e encontra a fantástica terra de Oz, nesse momento o
filme fica colorido e, o mundo de Oz invade a tela, a garota acredita que está
no lugar onde os problemas não existem.
Aí temos a canção que
os personagens cantam quando estão seguindo pela estrada de tijolos amarelos,
em busca da cidade das esmeraldas, é muito cativante.
Outra coisa que gosto
muito é, o fato da bruxa Glinda ser uma mulher linda e não uma velhinha
pequena, bem é assim que a gente imagina uma bruxa boa e pronto, não dá pra
tentar inovar nesse tipo de coisa
Se tem uma coisa que me
incomoda muito no livro são como as coisas acontecem, na maioria das vezes são
coincidências, como a maneira que Dorothy se livra da bruxa, ou como eles
descobrem o que fazer com o chapéu que trás os macacos. É tudo muito simplório,
não temos batalhas nem lutas performáticas ao estilo lendas gregas. Que em
minha opinião deixa o livro muito bobinho.
Sinto falta do delicado
país da louça, acho que eles devem ter deixado de fora por ser muito difícil
pra recriar esse cenário na época, ou simplesmente porque não era tão
interessante para o roteiro, visto que o país da louça só aparece no filme
depois que o mágico de Oz vai embora da cidade das Esmeraldas.
O mágico de Oz do filme
é mais eficiente que o do livro, ele conseguiu arrumar soluções para o homem de
lata, o leão covarde e o espantalho, mais rápido que no livro, isso o tornou mais
interessante que o homenzinho do livro.
Como
fazer uma história tão confusão mais crível para a telona, afinal muitas pessoas
iriam assistir esse filme. Assim, qual foi à solução encontrada pelos
roteiristas? Mostrar que tudo não passou de um sonho, e para isso eles
colocaram o leão, o homem de lata e o espantalho logo no inicio do filme, eles
são os empregados da fazenda dos tios de Dorothy, e são dotados da mesma
personalidade dos personagens do livro.
Claro
que no a Dorothy do filme também derrota a bruxa por acaso, e que ela só
descobre no final o poder do sapatinho, é meio deprimente pensar que ela desde
o inicio já estava com a solução nas mãos. Mas, qual seria a graça de bater o
pé na parede de Oz e voltar? Joseph Campbell explica essa é a jornada do herói,
tudo para que nossa Dorothy descobrisse que:
“Não
há lugar como o nosso lar.”
E a gente que é possível fazer um clássico
inesquecível aos moldes de Hollywood.
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Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.
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