O mágico clássico de L. Frank Baum por Hollywood



Quando o filme é melhor do que o livro. Ok! Sei que estou me referindo ao O mágico de Oz, um dos clássicos da literatura norte americana. Mas após ler o livro cheguei à conclusão de que o filme é melhor do que eu pensava. Afinal eles conseguiram fazer a história ficar mais interessante, quando o transformaram num musical, sim Hollywood sabia fazer belos musicais, hoje não mais.
E o que poderia ter sido um desastre, na verdade foi o que deixou o filme mais cativante, ter colocado a Judy Garland no lugar da Shirley Temple, apesar de não ter sido uma escolha e sim uma solução, foi o melhor que poderia ter acontecido.
Agora vamos seguir pela estrada de tijolos amarelos, e descobrir as coisas maravilhosas que o mágico escondeu nesse filme lindo e encantador, porque afinal Oz é o mestre do ilusionismo e, Hollywood em transformar sonhos em filmes.


Já de inicio o filme acerta em cheio, ao usar o efeito monocromático nas primeiras cenas sobre o Kansas, com os tons de sépia. É possível sentir o clima árido da cidade do jeitinho como ele foi descrito no livro, onde o autor descreve que as casas perderam suas cores e tornaram-se cinzas também.



E no meio de um cenário tão desértico, quente e desolador, Judy Garland surge cantando a música Somewhere Over the Rainbow, quando imagina um mundo perfeito onde não existem problemas, uma canção ícone do cinema.
Após o ciclone Dorothy abra a porta da casinha e encontra a fantástica terra de Oz, nesse momento o filme fica colorido e, o mundo de Oz invade a tela, a garota acredita que está no lugar onde os problemas não existem.
Aí temos a canção que os personagens cantam quando estão seguindo pela estrada de tijolos amarelos, em busca da cidade das esmeraldas, é muito cativante.



Outra coisa que gosto muito é, o fato da bruxa Glinda ser uma mulher linda e não uma velhinha pequena, bem é assim que a gente imagina uma bruxa boa e pronto, não dá pra tentar inovar nesse tipo de coisa
Se tem uma coisa que me incomoda muito no livro são como as coisas acontecem, na maioria das vezes são coincidências, como a maneira que Dorothy se livra da bruxa, ou como eles descobrem o que fazer com o chapéu que trás os macacos. É tudo muito simplório, não temos batalhas nem lutas performáticas ao estilo lendas gregas. Que em minha opinião deixa o livro muito bobinho.
Sinto falta do delicado país da louça, acho que eles devem ter deixado de fora por ser muito difícil pra recriar esse cenário na época, ou simplesmente porque não era tão interessante para o roteiro, visto que o país da louça só aparece no filme depois que o mágico de Oz vai embora da cidade das Esmeraldas.
O mágico de Oz do filme é mais eficiente que o do livro, ele conseguiu arrumar soluções para o homem de lata, o leão covarde e o espantalho, mais rápido que no livro, isso o tornou mais interessante que o homenzinho do livro.




Como fazer uma história tão confusão mais crível para a telona, afinal muitas pessoas iriam assistir esse filme. Assim, qual foi à solução encontrada pelos roteiristas? Mostrar que tudo não passou de um sonho, e para isso eles colocaram o leão, o homem de lata e o espantalho logo no inicio do filme, eles são os empregados da fazenda dos tios de Dorothy, e são dotados da mesma personalidade dos personagens do livro.
Claro que no a Dorothy do filme também derrota a bruxa por acaso, e que ela só descobre no final o poder do sapatinho, é meio deprimente pensar que ela desde o inicio já estava com a solução nas mãos. Mas, qual seria a graça de bater o pé na parede de Oz e voltar? Joseph Campbell explica essa é a jornada do herói, tudo para que nossa Dorothy descobrisse que:
“Não há lugar como o nosso lar.”
 E a gente que é possível fazer um clássico inesquecível aos moldes de Hollywood.

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Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.

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