A incrível história de Adaline - mais um filme romântico


Minha irmã tem o costume de dizer que gosto de assistir filmes estranhos, quando na verdade ela é quem não tem a menor paciência com filmes onde a narrativa é mais trabalhada. Entretanto, no último sábado quando entrei no Cinemark Tamboré prra assistir ao filme A incrível história de Adaline eu quase concordei com ela. Acontece que entrei na menor sala de cinema que já havia visto, era tão pequena que mesmo sentada na última fileira me senti beijando a tela, também foi à primeira vez que assiste um filme rodeada de tantos casais da terceira idade, algo que em certo momento começo a me incomodar. Será que eu havia escolhido o filme errado? Talvez minha irmã esteja certa em dizer que só vejo filme esquisito. Porém quando o filme começou e o surgiu a voz de uma narrador contando a história de Adaline minha dúvidas acabaram.
Adaline é uma mulher que nasceu na virada do século XX, que se apaixonou, casou e constitui família, mas num dia atípico de inverno nos idos de 1920 Adaline sofre um acidente de carro, no qual ela acaba adquirindo uma condição rara, assim relógio biológico para e Adaline deixa de envelhecer, algo que acaba trazendo problemas para a sua vida.
Gosto bastante de história que brinquem com a passagem de tempo, principalmente de narrativas que vão e voltam, desde que bem costuradas pelo roteirista, portanto me preparei para ver se esse filme conseguiria me convencer. Devo confessar que achei a desculpa para tornar Adaline um ser que não envelhece muito fácil, mas como o fato em si é muito surreal eu acabei aceitando numa boa e até gostando da cena, afinal usaram efeitos especiais do tipo Disney, com luzinhas e neve caindo do céu.


  
Claro que percebi que o figurino da atriz Blake Lively, que interpretou a personagem título do filme, parecia coisa de brechó, seus roupas eram lindas, só que não combinavam com a Nova York moderna, mas como ela era uma bibliotecária acabei não me abalando muito com mais esse clichê. Aliás, o filme todo é um desfile de clichês do gênero: a filha que parece avó da própria mãe, a mulher que precisa abrir mão de um grande amor, que muda de casa constantemente pra que o seu segredo não seja descoberto, o cara que se apaixona por uma mulher a primeira vista. Foram tantos os lugares-comuns que descobri o final da história já no minuto de número 31. \o/
Agora por que mesmo sendo recheado de clichês o filme ainda é bom? Por que ele conseguiu algumas soluções boas para antigos problemas de narrativa, acredito que ao usar um narrador onisciente a história ganhou um ritmo diferente, Pois temos o ponto de vista de uma segunda pessoa não só o de Adaline, a fotografia do filme era maravilhosa e me transportou direto aos anos 30.
A propósito preciso tomar vergonha na minha cara e começar a assistir o seriado Game of Thrones, afinal os homens mais bonitos do filmes atuais fazem parte dessa série, na película o par romântico de Adaline é o ator Michiel Hisman, gente quando esse homem apareceu na tela o meu coração parou, igual ao da Adaline e por alguns instantes eu morri. Logo essa sensação passou quando eu percebi que ele era o cara perfeito dos filmes românticos, rico, altruísta e capaz de qualquer coisa por amor, sinto falta de gente como a gente nos filmes de Holywood.



Já na metade do filme aparece o ator Harrison Ford, que interpreta o personagem William Jones pai de Ellis o namorado de Adaline, como alguém que um dia fez parte da vida de Adaline, como já é de praxe eles colocaram um ator de peso pra equilibrar a trama, mas eles poderiam ter explorado melhor a participação de Ford no filme, não vou me estender muito aqui senão acabo estragando a diversão de vocês.
Então A incrível história de Adaline é um filme romântico bem ao estilo americano de contar histórias desse gênero, que não traz nada de novo em termos de narrativa, mas é um boa diversão para dias chuvosos e preguiçosos.

  

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Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.

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