Duas Vidas - Um filme tão fofinho quanto o Bruce


Existem alguns filmes que você assiste por falta de coisa melhor pra fazer, isso acontece muito, principalmente porque às vezes a TV por assinatura tem mania de reprisar seus programas a exaustão nos finais de semana. Sim eu poderia ler um livro, mas com filmes geralmente você finaliza uma historia em duas horas, com livros nem sempre o mesmo é possível.
E foi num desses dias em que não havia nada pra fazer, que zapeando com o controle remoto eu parei no Disney Channel e encontrei o filme Duas Vidas. Claro que o fato de Bruce Willis protagonizar a história foi o real motivo que me fez parar, porque geralmente penso: “se é com o Bruce vou gostar, mas se filme for ruim não importa ele é HOT”.
E não foi que esse filme me surpreendeu, mesmo que ele não tenha sido indicado ao Oscar, e se procurar pelo Google vai descobrir que ele não foi muito bem recebido pela crítica. Devo confessar que ele arrancou lágrimas, algo bem difícil de acontecer comigo, não chorei nem assistindo O Rei Leão e muito menos A Culpa é das Estrelas. #Soudurona
Mas pra minha supressa o garotinho “fofinho” que era o Bruce criancinha falou uma coisa no filme que me fez arrepiar:
“Eu não sou piloto, não tenho um cachorro e nem uma mulher mora comigo. Eu sou um fracasso”. E isso fez um clique dentro da minha cabeça, foi quando eu percebi que as lágrimas começaram a rolar.

Agora chega de drama, por ora vamos a uma breve sinopse do filme. Russ é um homem rico, bem sucedido profissionalmente e solitário, aliás, ele é péssimo socialmente e não consegue fazer amigos, agora fazer inimigos é uma especialidade. Então um dia Russ encontra um garoto em sua casa. Só que esse garotinho é ele mesmo quando criança, e assim o garotinho Rusty descobre que quando ele cresceu não se tornou um piloto, enfim ele não conseguiu realizar o seu sonho. A propósito nem uma família ele tem. E para piorar ele descobre que não tem um cachorro, o que deixa o menino mais decepcionado ainda, enfim ele se tornou um homem rico e solitário, e só. Porém ele precisa ajudar a si mesmo a descobrir o que realmente importa nessa vida, voltar a sonhar para quem sabe conseguir uma vida melhor a partir daquele momento, porque o passado não mudaria mais.



Sim esse é um tema muito recorrente em filmes da Disney, o nunca deixe de sonhar, siga os seus sonhos, corra atrás do que você quer, e sonhe, sonhe, sempre sonhe.
Agora o porquê esse filme me surpreendeu tanto? Foi justamente o que o garotinho falou, ele se considerou um fracasso porque não realizou o seu sonho, mesmo que o ELE adulto se considerasse uma pessoa bem sucedida, o EU criança queria ser um piloto e ter um cachorro enorme.
O que me fez para e pensar. Será que eu sou o que sonhei ser. A resposta foi NÃO.
Mas antes de chegar o porquê não sou aquilo que sonhei, como já escrevi em outro blog que tenho “sou o que precisava ser”, vou comentar algumas cenas do filme que são boas para refletir. A partir de agora é só Spoiler, Spoiler e Spoiler.
Rusty conhece a ajudante de Russ a adorável Amy uma mulher que vê o lado bom de tudo, assim quando Rusty a conhece fica encantado por ela, mas percebe que o seu eu de 40 anos é uma criatura egocêntrica. Por isso, com medo de que o seu eu futuro não perceba o quanto ele ama Amy, o garoto decide pedi-la em casamento, de joelhos como manda a etiqueta dos filmes românticos.
Nessa cena vemos que o garotinho precisou fazer aquilo que um adulto deveria ter feito, ele teve consciência de que Amy era a mulher perfeita para ele e quis demonstrar isso de alguma maneira, na esperança de que o seu futuro eu percebesse o mesmo que ele. Mas claro que isso não aconteceu, e também não vou dizer o que acontece depois.
Em outra cena Russ vai a procura de uma jornalista que ele havia encontrado dentro de um avião durante uma viagem. Ele conta pra ela tudo o que estava acontecendo e pede por ajuda, já dá pra perceber que algo está mudando dentro dele. Assim ele fala sobre o seu eu criança que voltou e pergunta o que ela faria se estivesse na mesma situação. A jornalista responde “se eu encontrasse a pequena Deidre diria a ela pra não se preocupar que vai ficar tudo bem”. Essa cena é muito bonitinha, como não cair na tentação de tentar mudar o seu futuro? Aqui essa personagem falou sobre aceitar o seu destino, afinal nem tudo serão flores no meio do caminho, mas no final as coisas se ajeitam.


Esse filme como vários outros da Disney é baseado na jornada do herói, onde o protagonista precisa passar por diversos testes até conseguir alcançar o seu objetivo. Só que nessa película em especial temos a jornada invertida, o nosso herói precisou voltar ao passado pra entender o seu presente, e assim conseguir mudar o seu futuro. E recebe uma ajuda especial de alguém vindo do passado e de outra pessoa tão importante quanto, que se eu revelar quem é vou contar a história todinha. Enfim eu gosto do final desse filme porque ele nos mostra que nunca é tarde para realizar seus sonhos. Olha ele aí novamente os “sonhos”.
Esse filme é muito bonitinho e deve ser assistido com o coração aberto e livre de preconceitos, para conseguir aproveitar a interessante filosofia Disney que ele tem.

Share this:

ABOUT THE AUTHOR

Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.

0 comentários

Tecnologia do Blogger.