Cinderella 2015 - Mais uma tentativa Live-action da Disney


Colocando os posts do blog em dia, demorou um pouco mas fui assistir o filme Cinderella 2015 da Disney, apesar de ter ido meio a contra gosto, não estava muito animada para ver esse filme, visto que não gostei de Espelho, Espelho Meu. Pois eu acho que esses filmes são uma desculpa para falta de roteiros originais bons e atrativos. Assim é mais fácil aposta no que a gente sabe que o público gosta, porque é mais rentável. Entretanto, esse filme não tem todos os ingredientes Disney que fazem ir ao cinema.
Antes do filme começar eles passaram uma short animation de Frozen, bem bonitinha e muito mais interessante do que os trailers costumeiros.
Bem, a história de Cinderella é contada pela sua fada madrinha, como eu assisti o filme em versão dublada, assim eu percebi que a voz do narrador era conhecida, ao que eu fiquei uns dez minutos achando que algo estava errado com o filme, essa sensação só passou quanto entendi que era a voz da Giselle do filme Encantada.

Cá entre nós, não é possível perceber logo de inicio que quem está narrando a história é a fada madrinha, até que a atriz Helena Bonham Carter apareça na tela, surpreendentemente bonita e digna no papel. De todos os truques que ela realizou em cena o que mais me chamou a atenção foi quando ela transformou a abóbora em carruagem, mesmo que a cena das duas com a cara grudada no vidro tenha ficado falsa demais, cadê a equipe de qualidade pra barrar esse tipo de coisa? Sobretudo, porque quanto ela transformou os trapos da Cinderella em um vestido de baile eu gritei “Vai Power Rangers”.



Por falar em Cinderella, quem é essa atriz? Vamos recorrer ao Google mais uma vez. Puxa, mesmo pesquisando ainda não sei quem é essa criatura, segundo o Google a atriz Lily James participou do seriado Downton Abbey, cujo eu nunca assisti. Pois bem, eu achei a interpretação dela chatinha e apagada. De tal modo que, quando ela dividia a cena com Cate Blanchett isso ficava bem evidente, e o seu figurino monocromático a La Alice no País das Maravilhas ficou cansativo, afinal os filmes Disney são coloridos.
Já que citei o nome de Cate vamos falar um pouco sobre a vilã da história, aliás Cate Blanchett estava maravilhosa no filme, o seu figurino era tão opulento e elegante que preenchia a tela quando ela aparecia, tanto que nas cenas em que ela contracenava com Lily James esta ficava apagada no cantinho da tela. Apesar de ser a bruxa má da história Cate conseguiu fazer a gente grudar os olhos nela e até esquecer que deveria odiá-la.
Se sobrou elegância na personagem de Cate, faltou nas meias irmãs de Cinderella, por falar nisso elas foram ao baile fantasiadas de ovo de páscoa, acho que a mãe deveria ter se esforçado um pouquinho mais na criação das próprias filhas, aqui ficou claro que o bom gosto não é hereditário.
Cinderella é um conto de fadas, e como qualquer conto de fadas não pode faltar o príncipe encantado, que foi interpretado pelo ator Richard Madden, que eu também não conhecia. Pode parecer um absurdo mas eu não gosto de Game Of Thrones por causa daquele anão mala sem alça. Só descobri que ele fazia parte o elenco da série porque o Google me contou. Pois bem, na minha opinião faltou o glamour dos príncipes Disney nesse personagem. Senti falta do sorriso iluminado dos filmes do gênero, então bateu aquela saudade da versão animada.



Assim os dois Richard Madden e Lily James formaram um casal sem sal nem açúcar, fazendo com que a gente voltasse a nossa atenção no elenco de apoio, como ratinhos, gatos e abóboras. Não posso esquecer de comentar sobre a cena de dança do baile, aqui eles precisavam de um pouco mais de ensaio, os movimentos de Lily ficaram forçados, principalmente quando ela inclinava a cabeça nos giros, era pra ser uma valsa Vienense? Também deu pra perceber que o vestido atrapalhou durante a execução da dança.
Enfim Cinderella é mais uma tentativa de converter os desenhos clássicos em filme com atores reais, que perdeu muito da essência Disney pelo caminho. Sendo assim ele é um filme mediano.


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Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.

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