Livro A Mais Pura Verdade, o que eu achei


Eu já estava de malas prontas pra #Partiu rumo ao interior, e curtir o meu Carnaval sem folia. Quando chegou no meu quadradinho uma amostra do livro A Mais Pura Verdade, fiquei feliz visto que a previsão para o feriado era de chuva. E não foi que Emilinha apareceu e durante 4 dias cantou “Tomara que chova”, só faltou o bolinho de chuva com canela pra acompanhar.
Mark jogou a mochila nas costas, pegou a câmera fotográfica que já foi de seu avô e pendurou no pescoço, parado na varanda ele chamou o seu cachorro Beau e, partiu pra aventura. Destino, Paradaise rumo ao monte Rainier, uma montanha com o topo salpicado de neve.
Esse é o início da narrativa de A Mais Pura Verdade livro de Dan Gemeihart, com lançamento previsto para 23 de marco pela editora Novo Conceito. Ele é um daqueles livros de aventura que se enquadra naquele tipo de literatura que é especialidade de John Green, a Sick-Lit, numa tradução literal “literatura doente”, da qual o único titulo que já li foi A Culpa é das Estrelas.
A Mais Pura Verdade conta os encontros e desencontros vividos por Mark, durante a jornada que ele emprega para alcançar e escalar o Monte Rainier. Algo que se transforma em uma verdadeira odisseia devido ao seu estado delicado de saúde de Mark. Por isso ele se vê obrigado a fugir de casa com destino a Paradaise, o parque onde ficam as montanhas. O seu avô foi um montanhista e isso incentivou o garoto a realizar tal façanha.




O livro possui uma leitura rápida e letras grandes, algo muito bom para pessoas que precisam ler enquanto giram dentro dos coletivos, assim como eu. Os capítulos do livro são divididos em duas partes, sendo que a primeira parte é toda narrada em primeira pessoa pelo próprio Mark. Já a segunda parte temos o narrador onisciente que conta sobre os sentimentos da família e amigos de Mark enquanto ele está desaparecido, e sobre as tentativas de encontrá-lo. Esse recurso utilizado pelo autor é bem interessante.
Agora falando sobre a prosa de Gemeinhart senti que ele tem problemas de descrição e desencadeamento da trama. Assim são muitas as passagens do livro das quais os personagens demostram suas emoções lambendo os lábios, cerrado os dentes, ou fazendo algo com a boca. Gente o corpo inteiro fala, bota esse esqueleto para trabalhar. Aqui eu senti que ele possui um acervo limitado de expressões corporais e gestuais. Isso é fácil de ser encontrado na web, a Disney deixou várias delas espalhadas pelos www's da vida. #Ficaadica
Essa deficiência em expressar sentimentos atrapalhou um pouco a leitura, pois eu não consegui criar uma intimidade com Mark e sua aventura, o personagem não consegue cativar o leitor. Em alguns momentos me peguei perguntando o “Por quê?” esse garoto estava fazendo isso. Afinal ninguém arrisca tanto assim a própria vida, passando por todo esse perrengue sem que haja um “Pra quê?”.
Sinto também que o livro foi bem superficial na apresentação dos personagens, aliás você sabe que Mark está muito doente, mas não sabe ao certo o que ele tem. Ainda que o autor consiga descrever bem a intensidade de uma dor de cabeça e o mal estar causados por uma crise de enxaqueca, usando boas figuras de linguagens e metáforas, essa é a única coisa que eu achei que ele conseguiu descrever bem, ao ponto de conseguir sentir a dor com Mark.


Ademais acredito que Dan está enrolando deveras em nos contar mais sobre a vida de Mark. Ainda não consegui fazer uma imagem mental do personagem, pois foram poucos os detalhes contados até o momento. Afinal queremos criar uma cumplicidade como o protagonista e sua historia, mas a narrativa superficial de Dan não permiti isso. Cadê os Ahns e Uis, que se espera de livros de aventura e sick-lit? Aquela sensação de que as coisas não vão dar certo, aliás alguns acontecimentos do livro você já prevê que vai dar errado.
Como eu recebi só uma amostra grátis do livro, eu espero que do meio para o final do livro aconteça uma reviravolta na história, e que o ritmo da narrativa ganhe um Up Date com isso, por enquanto o livro está insosso e paradinho.
O que me levou a pensar o porque eles decidiram publicar esse livro, o que ele tem de tão interessante assim? O que eu espero descobrir até o final do mesmo.
Enfim A Mais Pura Verdade é um livro morno, sem muitas reviravoltas que foi a minha companhia nesse carnaval onde chuvoso.


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ABOUT THE AUTHOR

Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.

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