Filme Magia ao Luar



Comecei a assistir o filme Magia ao Luar achando que ele seria parecido com Meia noite em Paris, afinal ambos se passam na década de 30 e são do diretor Wood Allen, essa informação acabei de descobrir no Google. Só que não, ele não se parece nem um pouco com Midnight in Paris, com exceção de que a França foi usada como pano de fundo, as semelhanças ficam por aí.
Magia ao luar gira em torno de um mágico especialista em descobrir fraudes de outros mágicos e, todo tipo de farsante, um dia ele é convidado por um amigo a desmascarar uma vidente. Sofie a jovem que havia chegado na casa de uma família muito rica e, conquistado a todos com suas previsões e visões. Assim Stanley, um homem cético, aceita a missão de provar que Sophie é uma impostora. Mas no decorrer dos dias ele começa questionar sua falta de crenças, e se da conta de que talvez o sobrenatural existe.
A música que toca no início do filme me transportou ao clima dos anos 30, fiquei empolgada aguardando o que estaria por vir. Apesar do ator Colin Firth disfarçado de oriental estar simplesmente ridículo, eu decide insistir, vamos continuar e tentar não antecipar as cenas. Mas não deu, o filme não cresceu de jeito nenhum.
Começo falando do personagem de Colin Firth um mágico sem graça e desprovido de carisma, que não conseguiu me envolver, muito menos provar que as sua teorias eram boas, afinal como um ateu ele deveria ter argumentos mais consistentes, pra quem sabe não parecer só mais um chato que se considera melhor do que os outros.



A personagem Sophie interpretada pela atriz Emma Stone, tem o mesmo problema de carisma do Stanley, desde o inicio ela não consegue ser crível no papel de vidente, ou que jovem dotada de algum tipo de paranormalidade. No que, mesmo sendo uma mulher sem graça os homens se apaixonam por ela, coisa tão típica de novela mexicana, menos um ponto pra Allen.
Vamos incluir as caras que ela faz quando tem uma previsão, muito novela do SBT, que tipo de sensitiva é essa que faz o João Kleber toda vez que tem uma visão, tão artificial e brega, bem ao estilo Socorro Leite a paranormal que visitou no Carandiru. Help me!
Visto que, o título do filme tem a palavra magia e, um dos personagens era ilusionista, talvez se os truques de ilusionismo tivessem sido mais explorados no longa, quem sabe uma interação mágica e premonição não deixaria o filme mais interessante. Ou pelo menos maquiasse o roteiro fraco.
Nesse filme não temos um personagem forte e inesquecível. Temos o rapaz apaixonado que faz qualquer coisa pela amada, como ficar cantando e tocando desafinado. A senhora que perdeu o marido e sente a sua falta, por isso está a procura de uma maneira de se comunicar com ele, pois quer acreditar que existe algo depois da morte. E o clássico dos filmes de mágico, o rival invejoso que é capaz de tudo para puxar o tapete do melhor amigo, bem mais talentoso do que ele. Enfim um desfile de clichês do gênero desafio entre mágicos.



Como em Cantando na Chuva o esse filme possui uma cena que justifica o seu título. Numa tarde ensolarada após visitar a sua tia que mora em Provence, Stanley e Sofie voltavam pra casa quando começou a chover, então eles correm para se abrigar em um antigo observatório. Onde Stanley mostra a Sofie as estrelas, tudo lindo e romântico e você fica torcendo para algo acontecer, no que, Stanley vira pro lado e dorme. Pra esse esforço todo para criar um clima e terminar em nada? Mas isso acontece durante o filme inteiro, você cria expectativas e nada, a narrativa anda mas não avança. Gostaria de explicar melhor essa sensação só que não está rolando. Da mesma maneira ocorre no filme.
Cheguei a me questionar se o problema era comigo, que talvez eu não consiga entender toda a genialidade de Allen, principalmente depois que li uma resenha favorável da Folha. Que se dane, certeza que esse jornalista da folha foi obrigado a falar bem do filme, ou, quem não entende nada de boas narrativas, roteiros e personagens interessante é ele. Se é ruim é ruim e pronto. Não importa que seja o Woody Allen ou Paulo Coelho, aqui estou sendo maldosa. Ahaaaaaa!
Bem Magia ao Luar é um filme que você fica o tempo inteiro esperando que a trama desenrole, só que isso não acontece, enfim ele é previsível e chatinho, não recomendo.



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Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.

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