Se existem livros que a gente compra pela capa este com certeza foi um deles, afinal ele foi ilustrado pela Lu Caffagi uma ilustradora que eu sempre fui apaixonada pelo traço, seu estilo é “so cutie”, conheci o seu trabalho através do blog do irmão Vitor que tem um traço que também é fofo. Mas, o os desenhos da Lu são fofura pura e a maneira como ela pinta encantadora. Até bateu uma saudade do meu EU passado. Nossa. preciso voltar a desenhar como antes, pois o meu estilo atual está mais pra tenho que terminar isso logo, é quase um rough.
Acontece que a arte exige um grau elevado de disciplina, paciência e resistência, coisas que eu não prático há muito tempo. Entretanto, peço todos os dias ao “universo” agilidade pra ser precisa quando chegar na voadora, talvez isso também possa ajudar o meu traço, ou não, enfim esse é o meu EU de hoje o de amanha eu já não sei.
Pois bem, voltando ao nosso assunto. A cada dia me espanto mais com a incrível capacidade que possuo de viajar. Visto que eu já disse que comprei o livro por causa das ilustrações, que são lindas, tanto que não consigo imaginar outra pessoa ilustrando este livro, pois a Lu simplesmente arrasou.
Porém, como nem tudo são flores e, meu espírito de porco não desapega, eu acho que a narrativa ficou bem abaixo do nível das ilustrações. A história da Bruna Vieira é interessante, temos a parte que ela fala da tatuagem de passarinhos no braço, sem muitos detalhes, que achei uma graça, ou quando ela fala do cachorrinho. No entanto, eu tive a sensação de que ficou faltando alguma coisa, parece que alguns detalhes foram suprimidos da história. Todavia, eu consigo me conectar com as ilustrações, “but”, eu não consigo me conectar com a história da Bruna.
O que me deixou com a impressão de que ela escondeu algo. Tudo bem que a vida dela não é problema meu, mas acredito que a gente compra este tipo de livro justamente para isso né? Conhecer mais sobre alguém, o que a levou a ser a pessoa que é agora, a tomar as decisões que tomou. Então, como vou fazer isso se me falta uma parte da história?
Talvez eles tenham retirado essas informações do texto pra aprofundar mais nas ilustras, contudo acho que não funcionou, me senti como o relator do Conselho de Ética ouvindo o Cunha dizer que não sabia como o dinheiro apareceu na conta dele. Sei! Na minha conta não aparece dinheiro do nada, vai colega o que você está escondendo?
Enfim o livro Quando tudo começou é visualmente lindo, mas o texto peca pela falta de profundidade dos diálogos. Ainda não sei o porquê a Bruna mudou de escola. Quero deixar registrado que isso é uma maldade, não se deve fazer esse tipo de coisa com uma pessoa tão curiosa quanto eu.
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Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.
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