Desabafos modernos, eu devia amar o Whatsapp



Apesar de me considerar uma pessoa “cool” e alfabetizada digital nível avançado, tem algumas coisas que acontecem em nosso mundinho tecnológico que eu ainda não me acostumei, ou sendo direta não entendo Why? E uma das coisas que andam me deixando louca de raiva é o o vício em Whatsapp.
Sim eu uso o whatsapp e agradeço todos os dias ao padroeiro dos smartphones por ter inventado-o. Mas, ficar conversando pelo Whats – para os íntimos – virou uma mania tão grande para algumas pessoas, que elas estão trocando a interação social pela interação virtual. Em outras palavras, para que até a minha mãe consiga entender, elas passam mais tempo digitando do que conversando.
E uma das manias adquiridas por alguns, que tem me deixado mais furiosa que o Darth Vader ao perder sua máscara, é ser convidada para ir a um restaurante, ou num happy hour no final do expediente, e a cibercriatura ficar o tempo todo no Whatsapp ao ponto de eu ter um dialogo mais interessante com o garçom do que com o ser em questão.
Vamos deixar algo bem claro, se você me convidou para ir almoçar é porque quer conversar comigo não? Se você me chamou para ir num happy hour é porque pretende iniciar uma interação social comigo, e não com o Whatsapp.
Por isso estou aqui para dizer, se for para ser ignorada eu vou almoçar sozinha, faço o meu alone's happy hour, afinal eu sou uma pessoa muito legal comigo mesmo, e com quem me dá atenção. Sou filha de nordestino meu, e gosto de falar e falar. Ademais não estou a fim de ficar fazendo cara de paisagem enquanto tem alguém ao meu lado rindo sozinho, não de mim e muito menos para mim, digitando enlouquecidamente. E isso é valido para qualquer tipo de convite, cineminha, casamentos, passeio no parque, entre outros. Já passei o ridículo de ir para um samba onde ninguém dançava, só ficava compartilhando fotos pelo facebook. Come on guys! Samba é para se acabar mesmo que você não saiba dançar. Pelo menos faz o americano e levanta o dedinho.
Até a vizinha do andar acima reclama do filho adolescente dela, que passa o dia sentado no sofá parecendo uma planta, que fica o dia inteiro conversando com os amigos pelo celular via Whatsapp. Em vez de sair pelo condomínio fazendo exposição da sua figura, afinal pra que tanto tempo desperdiçado na academia? Porque não sair para conhecer gente interessante?
Sabe como é, eu sou das antigas e ainda curto um papinho, sou da época do desenrola.
Então você cibercriatura desavisada, não me convide pra fazer figuração em mesa de bar, porque não pertenço ao elenco da Praça é Nossa, que é obrigado a rir mesmo que não tenha entendido a piada.
Gente é muito chato ficar falando sozinho estando rodeado de gente, porque essa mania virou praga e contagiou a geral, e não ter com quem comentar sobre aquela pessoa sem noção que acabou de passar fantasiado de personagem da novela das nove. Enquanto se digita no Whats a vida passa correndo ao seu lado.
Não deixem a interação social morrer, afinal somos seres sociais segundo Karl Marx.
Bem pra alguma coisa está me servindo estudar filosofia e psicologia.

#prontofalei

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ABOUT THE AUTHOR

Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.

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