Enquanto umas nem tanto, outras são Loucas pra Casar


E começamos o ano com o nosso encontro das meninas, assim eu e duas amigas fomos passear no shopping, pra ficar desejando coisas que não podemos comprar, afinal é em janeiro que os impostos chegam e arrasam com o que restou do pagamento. Nós reunimos para fazer fofoca de todo mundo, e assistir um filminho pra descontrair.
Confesso que fiquei muito tempo sem ir ao cinema, não sei dizer ao certo, mas foram mais de 2 anos eu acredito, simplesmente porque eu acha que filme nenhum valia pagar o ingresso. Vamos deixar bem claro que cinema no Brasil é caro e pronto, como tudo por causa dos impostos. Enfim eu cheguei a conclusão de que se esperasse surgir um filme interessante, talvez nunca mais iria ao cinema, porque ultimamente está “osso”, vivemos a era das adaptações de livro por falta que coisa original que preste. Aff.
E nesse meu retorno ao cinema eu resolvi dar uma chance para os filmes nacionais, que eu não gosto de assistir por puro preconceito, e pelo excesso de palavrões. Aí que um amigo me passou um sermão daqueles, e eu decidi prestigiar nossa produção nacional, claro que a melhora nos roteiros e qualidade técnica ajudaram e muito.
Bem toda essa introdução foi para falar sobre o filme que assisti esta semana Loucas pra Casar, filme escolhido porque a intenção era entrar no cinema e rir até travar o maxilar, afinal não consigo olhar pra Ingrid Guimarães sem dar um sorrisinho que seja. E fiquei bastante feliz com o que eu assisti.
Além de rir até quase passar mal, o longa em si me impressionou muito, quando você acha que o filme vai ficar naquilo mesmo, que é só mais uma comedia estilo besteirou, o filme surpreende com uma reviravolta na história. Ui!!!! Pela primeira vez eu estou aqui no cinema de boca aberta com um filme nacional? Mas o que aconteceu com o filme, para tudo que eu quero descer, essa mulher é mais louca do que eu imaginava, e calma senão vou perder o resto. Focando.




Vamos a história Malu é uma mulher com 40 anos que ainda não casou, apesar de já ter encontrado o seu príncipe encantado, sim o cara é tudo o que ela sempre sonhou bonito, rico e um gentleman. Mas o porquê ela ainda está solteira? Assim Malu decide que vai convencer o cara a se casar com ela. Só que no meio do caminho ela descobre que esse cara maravilhoso não é tão perfeito assim, ele não uma mais duas amantes. No que Malu se vê em uma disputa pelo amor e o tão sonhado casamento com Lucia uma garota da night (Suzanna Pires), e a jovem religiosa Maria (Tatá Werneck).
Claro que o fato de Tatá Werneck estar no filme também nos levou ao cinema, imaginar como essas três se comportariam juntas na tela, já era um bom motivo pra atravessar a catraca cine.
Bem Ingrid Guimarães como a solteirona descontrolada estava divertidíssima, comecei a rir no primeiro minuto do filme. Márcio Garcia no papel de futuro esposo era um refresco para os olhos, voltei ao tempo em que eu gostava de MTV.
Agora só achei que a participação da Tatá foi pequena no filme, ela poderia ter sido melhor aproveitada, mas ela nem precisa falar muito pra você começar a rir, sua personagem era a moça santinha, aquele tipo de mulher que toda sogra consideraria perfeita, a personificação da pureza.
Suzana Pires estava linda no papel de piriguete, ela era o cinquenta tons de cinza que a personagem Malu não tinha coragem de ser. Porque ser só magra e uma profissional de sucesso, ainda não é o suficiente nos nossos tempos modernos, o mundo exige sempre mais e mais.
Esse filme explora bem aquela frase que qualquer mulher já ouviu pelo menos uma vez na vida, “seja uma dama na sociedade e uma puta na cama”, ocorre que a mocinha não conseguiu ser nenhuma e nem outra, assim o seu pretende resolveu esse problema arrumando duas mulheres, assim ele adquiriu o pacote completo.




E foi aí que as coisas começaram a descambar no relacionamento perfeito de nossa querida Malu. Ao que com os problemas vieram as loucuras para manter o seu relacionamento, e não estou falando somente no sentido figurado, mas no literal também. Afinal a grande protagonista do filme é a loucura.
Gostei bastante da discussão levantada pelo filme, sobre o limite entre o que você é e o que esperam que você seja. Será mesmo que vale a pena se perder para conquistar? Pode até ser um exagero meu, mas desde que resolvi procurar qualquer tipo de mensagem - nem que fosse subliminar - de tudo o que eu visse e ouvisse, e acho que isso tem funcionado. Ou talvez eu esteja só superestimando as coisa. Sei lá pode ser só doidura mesmo. #Edaí
Mas como nada é perfeito eu senti falta de uma trilha sonora nacional, eu adoro a música Happy do Pharrell, mas se estou prestigiando o cinema tupiniquim quero o pacote completo. Mesmo que a situação musical do Brasil esteja dramática, faz tempo que não escuto algo novo verdadeiramente bom.
Por outro lado estou menos exigente com a produções do cinema nacional, deve ser por isso que estou gostando mais dos filmes e reclamando menos, talvez essa resenha seja muito otimista, mas que se dane estou curtindo todos os segundo dos filmes, e fazendo valer cada centavo que pago para ficar sentada naquelas cadeira, que definitivamente não foram projetadas para pessoas pequenas, magricelas e crianças.



Agora cantando e dançando.


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ABOUT THE AUTHOR

Sou a Ninfa que trançou as barbas de São Pedro, amarrou os cadarços das botas de Papel Noel, a garota travessa que escondeu o Tridente de Poseidon, e cansada foi dormir sob uma cerejeira ao lado da lebre, que foi deixada pra trás pela tartaruga que andava, depois de um dia criativo.

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